quarta-feira, 12 de setembro de 2012



Sou forte. Meio doce e meio ácida. Em alguns dias acho que sou fraca. E ingénua. Preciso de um lugar onde meter a cara para esconder as lágrimas. 

Aí penso que não sou tão forte assim e começo a olhar para mim. Sou forte sim, mas também choro. Sou gente. Sou humana. Sou manhosa. Sou assim. Quero que as coisas aconteçam já, agora, de uma vez. Quero que os meus erros não me impeçam de continuar a olhar para a frente. E quero continuar a errar, pois jamais serei perfeita (ainda bem!). Tampouco quero ser comum e normal. 

Quero ser simplesmente eu. Quero rir, sorrir e chorar. Sentir frio na barriga, nó no peito, sentir as pernas a tremer. Sentir que as coisas funcionam e que tenho que trocar o jeito quando insisto em algo que não dá resultado. Quero aprender e, ainda assim, continuar criança. Apanhar sol e sentir o vento gelado no nariz. Quero sentir o cheiro de relva cortada e café acabadinho de sair. Cheiro da chuva, das flores, cheiro da vida. 

Aprecio as coisas simples e quero continuar a descomplicar o que parece complicado. Se der para resolver, vamos lá! Se não der, paciência. A vida não é complicada mas é difícil, tudo depende de como a encaramos e nos impomos. Quero ser eu, com a minha cara azeda e absurdamente açucarada. Não quero saber tudo e nem ser racional. Quero continuar a manter o meu cérebro no lugar onde ele se encontra, no meu coração.
 E essa é a melhor parte de mim…